Frutos do gênero Capsicum também protegem o sistema cardiovascular e os dentes. Conhecidas por seu poder afrodisíaco e gosto ardido, as pimentas fazem o maior sucesso no prato dos brasileiros e vira e mexe aparecem como protagonistas de mais um novo estudo sobre seus benefícios para a saúde.Além de melhorarem a digestão, elas protegem o organismo contra alguns tipos de câncer e fazem seu corpo queimar gordura, reduzindo os níveis de colesterol, porém, quando consumida em excesso, podem comprometer a saúde do aparelho digestivo.
As pimentas são benéficas para o organismo porque possuem atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, anticancerígena, melhoram a digestão, diminuem os níveis de colesterol e, por ter efeito termogênico, ou seja, acelerar o metabolismo, ajudam a emagrecer. Mas nem todas as pimentas trazem esta lista de vantagens. Para colher tais benefícios é preciso que a pimenta seja do gênero Capsicum.
Esse grupo de pimentas já era consumido pelos índios brasileiros e em toda a América Latina antes mesmo da chegada dos europeus no Novo Mundo. Essas pimentas são os tipos mais interessantes para a saúde porque têm como princípio ativo os capsaicinoides.
As principais pimentas do gênero Capsicum produzidas no Brasil são: jalapeño, pimenta de cheiro, pimenta de bode, cumari-do-Pará, malagueta, dedo-de-moça, murupi, biquinho e cambuci ou chapéu de frade. A quantidade de capsaicinoides de cada uma destas pimentas varia de acordo com a ardência dos frutos, quanto mais picante, maior a quantidade do princípio ativo.
As pimentas do gênero Capsicum são ricas em vitamina C que aumenta as defesas do organismo, ajudando na prevenção e no combate de infecções como a gripe. Ela também age como um antioxidante, neutralizando os radicais livres instáveis que podem causar danos ao organismo e o envelhecimento. Além disso, esta vitamina fornece resistência aos ossos e dentes e facilita a absorção de ferro no organismo.
Outra vitamina muito presente nestas pimentas é a E. Ela é importante porque também é antioxidante e por isso age retardando o envelhecimento e ainda protege o organismo contra doenças crônicas não transmissíveis como Parkinson, Alzheimer, câncer e doenças cardiovasculares.
Os carotenoides, o mesmo pigmento vegetal da cenoura, também estão presentes nas pimentas. Eles são bons para o organismo porque se transformam em vitamina A. Assim, o nutriente será interessante para a visão, na integridade dos epitélios (células que revestem o corpo e formam uma barreira contra infecções) e no crescimento e desenvolvimento do esqueleto. O nutriente ainda possui função antioxidante, que combate envelhecimento e câncer, e previne doenças crônicas como catarata, artrite e doenças cardiovasculares.
Apesar de todos estes nutrientes, o principal carro-chefe nutricional das pimentas é terem como princípio ativo os capsaicinoides. Eles são importantes para a saúde porque possuem atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, anticancerígena, melhoram a digestão, diminuem os níveis de colesterol e ajudam a emagrecer.
Quanto mais picante a pimenta maior o teor de capsaicinoides. A ardência do fruto é expressa por uma escala sensorial denominada Scoville Heat Units (SHU) ou Unidades de Calor Scoville. Os seus valores variam de zero para pimentas “doces” até um milhão de SHU para pimentas extremamente picantes.
O exagero de pimenta, pode causar úlcera
Se por um lado a pimenta traz muitos benefícios para a saúde e ajuda a ficar em dia com a balança, por outro, pode se transformar em um veneno para quem tem problemas de gastrite ou úlcera.
A nutricionista Carla Fiorillo explica que a pimenta irrita as paredes do estômago fazendo com que ele produza mais ácido do que o normal para neutralizar a ação da capsaicina, mas que apenas a longo prazo e em grandes quantidades sua ingestão provocaria lesões graves no estômago: “seria preciso consumir muita pimenta e durante anos para desenvolver o problema. O mais comum é que pessoas que já tenham gastrite ou úlcera piorem com a ingestão da fruta, mas não dá para dizer que consumir pimenta causa úlcera”, explica.
Os benefícios da pimenta:
O tipo certo ajuda a emagrecer e até previne câncer
Ajudam a emagrecer: A pimenta é um alimento termogênico, capaz de aumentar o gasto calórico do organismo durante a digestão e o processo metabólico. A substância responsável por isto é a capsaicina que aumenta a taxa metabólica em até 20%. Assim, o consumo de 6 gramas de pimenta queima cerca de 45 calorias.
Além disso, alguns estudos experimentais apontam que o fruto diminui o desejo de ingerir proteínas, carboidratos e gorduras. Isto provavelmente ocorre porque a pimenta aumenta a atividade do sistema nervoso simpático que afeta o comportamento de ingestão alimentar.
Combate o câncer: Um estudo publicado no The Journal of Cancer Research dos Estados Unidos, em 2006, descobriu que a capsaicina induz a apoptose, morte celular programada, em células do câncer de próstata. Assim, ela contribui para evitar a proliferação da doença.
Alguns estudos, entre eles um publicado na National Academy of Sciences of the United States of America, sugerem que a capsaicina também ajudaria a reduzir o crescimento de tumores nas mamas e ovários. O benefício também ocorreria devido à capacidade da substância de induzir a apoptose das células cancerígenas.
Boa para o coração: Um estudo realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul concluiu que a capsaicina presente na pimenta também ajuda a diminuir os níveis do colesterol ruim, LDL. O fruto ainda pode reduzir coágulos no sangue por ter ação vasodilatadora. O resultado é a redução do risco de problemas como hipertensão, infarto e outras doenças cardiovasculares.
Boa para os dentes: A pimenta estimula a salivação e desta forma neutraliza os ácidos da saliva e protege os dentes e gengivas. Além disso, ela é rica em vitamina C que fornece resistência aos ossos e dentes.
Protege o estômago: Alguns estudos defendem que a capsaicina presente nas pimentas tem um efeito gastroprotetor, pois aumenta a produção do muco gástrico. Ela também pode combater a bactéria que provoca gastrites e úlceras estomacais.
0 comentários:
Postar um comentário